O Captain! My Captain!
Por Matheus Rossi - quinta-feira, 19 de junho de 2014 - Comentários
Galera, pra não deixar o blog muito parado, eu, o favorito de vocês (ou não kk) vou postar rapidinho. Dessa vez é um poema que gosto bastante do escritor Walt Whitman que vi num filme chamado ''Sociedade dos Poetas Mortos''.
O Captain! My Captain é um poema metafórico escrito por Walt Whitman em 1865, relacionado à morte de um dos maiores presidentes norte-americanos, Abraham Lincoln. O Poema foi escrito após o assassinato de Lincoln, e pode-se perceber várias referencias metafóricas. O ''navio'' citado tem a intenção de representar os Estados Unidos da América, sua ''viagem terrível'' equivale à Guerra Civil America, enquanto o ''capitão'' se refere ao próprio Lincoln.
Com uma métrica convencional e esquema de rimas, o que é incomum para Whitman, foi o único poema antológico na vida de Whitman.
Lá vai:
O Captain! my Captain! our fearful trip is done;
The ship has weathered every rack, the prize we sought is won;
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring:
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;
Rise up—for you the flag is flung—for you the bugle trills;
For you bouquets and ribboned wreaths—for you the shores a-crowding;
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head;
It is some dream that on the deck,
You’ve fallen cold and dead.
My Captain does not answer, his lips are pale and still;
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;
The ship is anchored safe and sound, its voyage closed and done;
From fearful trip, the victor ship, comes in with object won;
Exult, O shores, and ring, O bells!
But I, with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.
Ó capitão! Meu capitão! terminou a nossa terrível viagem,
O navio resistiu a todas as tormentas, o prêmio que
buscávamos está ganho,
O porto está próximo, ouço os sinos,
toda a gente está exultante,
Enquanto segue com os olhos a firme quilha, o ameaçador e
temerário navio;
Mas, oh coração! coração! coração!
Oh as gotas vermelhas e sangrentas,
Onde no convés o meu capitão jaz,
Tombado, frio e morto.
Ó capitão! meu capitão! ergue-te e ouve os sinos;
Ergue-te – a bandeira agita-se por ti, o cornetim vibra por ti;
Para ti ramos de flores e grinaldas guarnecidas com fitas –
para ti as multidões nas praias,
Chamam por ti, as massas, agitam-se, os seus rostos ansiosos voltam-se;
Aqui capitão! querido pai!
Passo o braço por baixo da tua cabeça!
Não passa de um sonho que, no convés,
Tenhas tombado frio e morto.
O meu capitão não responde, os seus lábios estão pálidos e imóveis,
O meu pai não sente o meu braço, não tem pulso nem vontade,
O navio ancorou são e salvo, a viagem terminou e está concluída,
O navio vitorioso chega da terrível viagem com o objetivo ganho:
Exultai, ó praias, e tocai, ó sinos!
Mas eu com um passo desolado,
Caminho no convés onde jaz o meu capitão,
Tombado, frio e morto
O poema foi bastante citado na cultura popular, sendo o caso mais conhecido, no filme de 1989, Sociedade dos Poetas Mortos, onde há repetidas referencias ao poema, especialmente quando a classe em coro apoia o professor John Keating recém-demitido em desafio ao diretor da escola, chamando a frase na sala de aula.
Há diversas referencias em outras mídias também, como no game Mass Effect, onde o Comandante Shepard é chamado de ''O Captain! My Captain!'' por uma de seus tripulantes, Ashley Williams.
É isso galera, essa é minha contribuição de hoje, espero que tenham gostado! Tem algum poema que gostaria que fosso publicado aqui no blog? Deixe nos comentários!